11 de ago. de 2011

Divertimento




A Bíblia dá-nos um critério para escolher qualquer tipo de divertimento, incluindo livros, música, televisão e filmes. 
A Bíblia diz em Filipenses 4:8 “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.” 
Evitai actividades que sejam inapropriadas. 
A Bíblia diz em Salmos 101:3 “Não porei coisa torpe diante dos meus olhos; aborreço as ações daqueles que se desviam; isso não se apagará a mim.” 
Não é possível desfrutar de muitos divertimentos deste mundo e ao mesmo tempo manter uma amizade com Deus. 
A Bíblia diz em Tiago 4:4 “Infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” 
Quais são alguns dos divertimentos impios deste mundo? 
A Bíblia diz em Gálatas 5:19-21 “Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus.” 
A Bíblia expande a definição de prazeres e divertimento mundanos. 
A Bíblia diz em 1 João 2:15-17 “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre.” 
Tudo o que fazemos deve ser feito em harmonia com o nome de Cristo. 
A Bíblia diz em Colossenses 3:17 “E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” 

5 de ago. de 2011

Os Desertos Necessários



      
   “Eu os tirei do Egito e os levei para o deserto” – Ez 20.10
         A palavra “deserto” vem do latim desertu e significa “lugar solitário” ou “de solidão”; lugar ermo.
         O povo de Israel enfrentou o deserto em sua caminhada à terra prometida. Curiosamente o deserto surge na vida dos israelitas após 400 anos de escravidão egípcia e tem a duração de 40 anos. 
O trajeto do Egito à Canaã, terra prometida por Deus aos filhos de Israel, levaria no máximo 40 dias para ser completado. 
Mas Israel levou 40 anos. Quem foi o responsável por tamanho equívoco? Moisés? Os seus auxiliares? A falta de um bom GPS?
         Primeiramente, não se tratou de um equívoco, mas de uma experiência criada propositalmente; e não teve nada a ver com falha humana, nem com ação maligna, mas com o próprio Deus.
         Centenas de anos após a vivência dessa experiência, Deus chama o profeta Ezequiel e revela:


“Você sabe quem estava por detrás daquele aparente equívoco que levou Israel para o deserto, depois de 400 anos de Egito?
 Eu mesmo. Fui eu quem levou Israel para o deserto. Eu estava vendo as abominações que eles estavam cometendo e precisava deixá-los cara-a-cara comigo, fazê-los passar debaixo do meu cajado (objeto que simboliza o cuidado e a orientação pastoral) e se sujeitarem à disciplina da aliança que foi estabelecida entre nós” (Paráfrase de Ezequiel 20).

         Interessante é observar que o povo murmurou contra Moisés e o acusou de ser o responsável por toda aquela experiência desértica. Muitos se lembraram das cebolas do Egito, com forte expressão de saudade. Eles não conseguiam discernir, e não podiam discernir, porque eram carnais, que a experiência do deserto não tinha a ver com Moisés, mas com Deus.
         Sabemos que a geração que entrou em Canaã não foi a mesma que saiu do Egito, pois a geração que deixara o Egito morreu no deserto em virtude de terem murmurado contra o Deus Eterno.
         Quando enfrentamos momentos difíceis, é comum perguntarmos por que os estamos experimentando; queremos encontrar uma razão, algo que explique o que estamos passando. 
Contudo, quando lemos o capítulo 20 do livro do profeta Ezequiel e vemos a experiência de Israel no deserto, provocada pelo próprio Deus, discernimos que muitos momentos de provação nos são permitidos, não para o nosso sofrimento, mas   para o nosso crescimento. É que chamamos de “desertos necessários”.         É um paradoxo. Mas nenhum de nós amadurece emocional ou espiritualmente se tudo vai bem. Precisamos passar por momentos conflitantes para nos desenvolver como pessoas. Isso acontece desde o parto, essa experiência estranhamente dolorosa que nos tira do anonimato aconchegante do útero e nos expulsa para uma realidade estranha. Choramos. Não por causa das palmadas do médico, nem por causa da dor da primeira respiração, comparada à inalação de ácido sulfúrico. Choramos por termos perdido o lugar que nos conferia segurança e comodidade. Mas, não fosse essa dolorosa experiência, não haveria nascimento, nem crescimento, nem desenvolvimento. Apenas morte.
         Deus viu que o povo precisava amadurecer antes de adentrar a terra prometida; com efeito, Israel também precisava se livrar dos vícios adquiridos em 400 anos de escravidão. 
Se eles tivessem saído do Egito e entrado em Canaã, um mês e meio depois, eles teriam estragado Canaã.
         Do mesmo modo, nós. Se Deus nos abençoar no exato momento em que suplicamos, é certo que não saberemos aproveitá-las e desfrutá-las adequadamente. A imaturidade estraga as bênçãos de Deus.
         Se você está passando por um momento difícil em sua vida, não murmure, nem acuse; apenas ore e agradeça a Deus pela grande oportunidade que Ele está lhe concedendo de crescer um pouco mais. Veja cada luta ou provação como um deserto necessário em sua vida. Ao invés de perguntar “por quê?”, pergunte “para quê?”
. Pois há sempre um propósito divino por detrás de cada sofrimento.
         Certa vez, Pedro disse a Jesus: “Mestre, eu não entendo o que o Senhor está fazendo?”. Jesus lhe respondeu: “O que você não compreende hoje, compreenderá amanhã” 
(João 13.6,7).
         Talvez você não consiga compreender as coisas que estão lhe acontecendo hoje; mas, descanse em Deus. O deserto vai passar e, se você o encarou com a humildade de quem conhece e confia em Deus, vai perceber o quanto o deserto foi necessário à sua vida.
         “Senhor, ajuda-nos a ver cada problema como uma oportunidade de crescimento e amadurecimento. Livra-nos da murmuração que nos torna amargos e mata a nossa esperança, e nos faz acreditar mais no poder do teu amor, do que no poder destrutivo das circunstâncias.
 Por Jesus, nosso Senhor e Salvador. Amém”.