14 de nov. de 2011

Santificação



A idéia que temos a respeito de santidade geralmente é uma idéia distorcida pela religiosidade que aprendemos desde cedo.
Ao falarmos de "santo",muitas pessoas logo imaginam alguém com a expressão piedosa e sofrida,ou então alguém que tem poderes sobrenaturais em si mesmo e é capaz de fazer milagres,ou ainda pessoas que jamais errem ou pequem;tanto que é comum ouvirmos a expressão: "Eu não sou santo,eu não sou perfeito;santo,só Deus!"
Na verdade isso é um grande engano.A palavra de Deus diz que todo aquele que tem verdadeiramente a Jesus como seu único Senhor e Salvador é santo - não por sua própria justiça,mas pela justiça de Cristo no Calvário;isso porque a santidade não é um dom nato de alguns seres humanos,nem tem a ver com virtude pessoal,mas sim com uma transformação de caráter feita exclusivamente pelo Espírito Santo de Deus,através de uma entrega.
Santificar significa separar,ou seja,não estar conforme o contexto espiritual em que vivemos,pois o mundo está posto no maligno,mas estar dentro do plano de Deus e ter uma vida diferenciada,não em termos exteriores ou aparentes,mas abandonando aquilo que se praticava de errado,com o auxílio do Espírito Santo de Deus.

É preciso saber que a santificação traz vantagens muito grandes e, ao contrário daquilo que as pessoas dizem,é muito bom ser santo para poder estar perto de Deus.
Tudo aquilo que o pecado pode proporcionar é morte e destruição, embora tenha um grande atrativo e uma máscara de ser inofensivo;porém,para se ter uma vida abundante e vitoriosa é preciso de santidade.

O processo de santificação envolve algumas etapas.

Dentre elas estão: reconhecer os próprios erros,chamar o pecado de pecado,arrepender-se - que significa lamentar profundamente o erro - e após o arrependimento confessar os pecados para obter o perdão de Deus,dispor-se firmemente no coração a não voltar a pecar e,principalmente,entrar em profunda comunhão com o Espírito Santo de Deus.
Um aspecto importantíssimo que temos de ressaltar é que a verdadeira santificação é proveniente do Espírito Santo de Deus,e não de algo que façamos ou deixemos de fazer apenas exteriormente.

"Ser santo é consequência de andarmos com Deus,e não um requisito para isso.Se andarmos com Deus,adquiriremos sua natureza e características.  Ele é santo!"

5 de nov. de 2011

A esperança que não desespera


A esperança é o oxigênio que nos mantém vivos.
Quem não tem esperança vegeta, não vive.
Quem passa os anos de sua existência na masmorra do desespero, acorrentado pelo medo e subjugado pelas algemas da ansiedade, conhece apenas uma caricatura da vida.
 A vida verdadeira é timbrada pela esperança, uma esperança tão robusta que espera até mesmo contra esperança. Foi assim com Abraão, o pai da fé. Deus lhe prometeu um filho, em cuja descendência seriam abençoadas todas as famílias da terra. Abraão já estava com o corpo amortecido. Sua mulher, além de estéril, já estava velha demais para conceber.
A promessa de Deus, porém, não havia se caducado.
Contra todas as possibilidades humanas, contra todos os prognósticos da terra, contra todo o bom senso da razão humana, Abraão não duvidou por incredulidade, mas pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus e esperou mesmo contra a esperança, e o milagre aconteceu em sua vida. Isaque nasceu e com ele a esperança de uma descendência numerosa e bendita.

A esperança que não se desespera tem algumas características:

1. Ela está fundamentada não em sentimentos humanos, mas na promessa divina. Abraão não dependia de seus sentimentos, mas confiava na promessa.
Deus havia lhe prometido um filho e essa promessa não havia sido revogada. Abraão já estava velho e seu corpo já estava amortecido, mas esse velho patriarca não confiava no que estava em seu interior, mas naquele que é superior. Não vivemos pelo que sentimos, vivemos agarrados na promessa.
Não devemos nos estribar em nossas emoções instáveis, mas na Palavra estável e inabalável daquele que não pode mentir. As promessas de Deus não podem falhar.
Ele é fiel para cumprir sua Palavra. Devemos tirar os olhos de nós mesmos e colocá-los em Deus. Dele vem a nossa esperança. Ele é a nossa esperança. Nele podemos confiar.

2. Ela está fundamentada não em circunstâncias, mas naquele que governa as circunstâncias.
A fé ri das impossibilidades, pois não é uma conjectura hipotética, mas uma certeza experimental. A fé não lida com possibilidades, mas com convicção. O objeto da fé não está no homem, mas em Deus. A fé não contempla as circunstâncias, mas olha para aquele que está no controle das circunstâncias. Abraão sabia que Deus poderia fortalecer seu corpo e ressuscitar a fertilidade no ventre de sua mulher. Sabia que o filho da promessa não seria fruto apenas de um nascimento natural, mas, sobretudo, de uma ação sobrenatural. A esperança que não se desespera não olha ao redor, olha para cima; não vê as circunstâncias, comtempla o próprio Deus que está no controle das circunstâncias.

3. Ela está fundamentada não nas ações humanas, mas nas intervenções divinas. Abraão e Sara fraquejaram por um tempo na espera do filho da promessa. O resultado dessa pressa foi o nascimento de Ismael. A ação humana sem a condução divina resulta em sofrimento na terra, mas não em derrota no céu.
O plano do homem pode ser atabalhoado, mas o plano de Deus não pode ser frustrado. Deus esperou Abraão chegar a seu limite máximo antes de agir. Esperou que todas as possibilidades da terra cessassem antes de realizar seu plano. Então, a promessa se cumpriu, o milagre aconteceu e Isaque nasceu.
O limite do homem não limita Deus.
 A impossibilidade do homem não ameaça Deus, pois os impossíveis do homem são possíveis para Deus. Quando o homem chega ao fim dos seus recursos, Deus ainda tem à sua disposição toda a suprema grandeza do seu poder.
Deus faz assim para que coloquemos nele toda a nossa confiança, para que tenhamos nele toda a nossa alegria e para que dediquemos a ele toda a glória devida ao seu nome.

2 de nov. de 2011

Os três marcos na vida do crente



Indo ao getsemani passando por transformação


Temos visto que Deus age através de um evento, que é algo marcante, mas também vimos que isso não é suficiente. O processo em nossa vida tem que ser estabelecido no sobrenatural e requer decisão e continuidade. Quem não persevera não cresce espiritualmente, não deixa de ser carnal, não fica livre do pecado.
Devemos entender que ninguém consegue tudo: ou teremos santidade ou as “delícias” do mundo, ou a preguiça ou o sucesso. Sejamos simples, mas astutos!

Vejamos 3 momentos-chave na vida de Jesus (Mt 26, a partir do verso 36) pelos quais Deus também quer nos levar:

Primeiro momento:  Getsêmani

Getsêmani é um jardim cheio de videiras e oliveiras, situado a leste de Jerusalém, no sopé do monte das Oliveiras. O lugar para onde Jesus tinha o costume de se retirar. O jardim onde ocorreu a cena de sua agonia. Representa o lugar da decisão. Lá você se tornará maduro, seguro, paciente, descomplicado. Mas, muitos se refreiam e não se entregam totalmente.
Estar no Getsêmani é dar as costas para o passado, perdoar, crescer, avançar e lutar contra o que nos oprime. Mas quem se guarda, preservando o coração, não avançará. Temos que nos entregar por inteiro. É impossível ter nosso caráter transformado, nossa vida resolvida, em qualquer área, sem estarmos por inteiro no Getsêmani.

Mas o que é Getsêmani?
 É o lagar onde as azeitonas eram prensadas (esmagadas) para a extração do azeite, óleo extremamente importante para o povo de Israel.
Devemos aprender a nos relacionar com as pessoas, reconhecendo que elas podem ser uma grande alegria ou um grande desgaste.
Devemos escolher amar incondicionalmente, como Jesus, que amou Judas mesmo sabendo que seria traído por ele. Deus trabalha com a intenção de nos fazer colunas em Sua casa, e estabelecerá esse marco quando formos menos exigentes e aceitarmos que alguns sejam tolos, outros carnais, explosivos, teimosos, procrastinadores, lenientes, etc…
Getsêmani é o lugar da virada em sua vida, marco de conquista da vitória do amor incondicional. Jesus foi ali para orar e orou até alta madrugada. Esse princípio diz que precisamos sair do “curto-circuito” correndo para Deus, aprendendo a canalizar para Ele, através da oração, toda a nossa frustração, ansiedade e necessidades.
Se o Evangelho no qual cremos não nos conduz à paz, a um sono tranqüilo, provavelmente não aprendemos a descansar e entregar tudo ao Senhor.
 Orar é entregar tudo a Ele.
Há coisas que são insolúveis e é injusto viver frustrado por coisas que dependem de outros. Precisamos aprender a lidar com as pessoas. Jesus sabia que ia morrer.
Nós, no Getsêmani, estamos na fila da morte.
A principal crise de Jesus não foi a cruz, mas a agonia do Getsêmani, que O fez transpirar sangue. Nós chegamos até o drama, mas não entregamos tudo; perdoamos, mas retornamos à mesma questão quando irritados, ou explodimos sem razão porque acumulamos insatisfações. Até vamos para a cruz, mas como o porco, gritando, não como Jesus, que como ovelha muda, foi ao matadouro.
Em nossa luta contra o pecado, não temos coragem de ir até o sangue (Hb 12.4)
.
O Getsêmani é um lugar de prensar azeitonas, das quais se extrai 5 tipos de azeite (óleo), de acordo com a pressão exercida sobre elas:

O primeiro óleo a ser extraído é o que serve de alimento para as pessoas. Somos algo tragável e de bom propósito para os outros;
O segundo, para iluminação, usado em lamparinas. A luz representa revelação. É Deus nos usando para aconselhamento, com percepções que estão ocultas para outros;

O terceiro destinava-se ao preparo de ungüento, que alivia e impede a proliferação de bactérias nas feridas. O azeite deve ser puro senão não cura
.
Depois, o óleo da unção, que quebra o jugo e traz capacitação de Deus;

Por fim, da borra restante fazia-se um tipo de sabão.

Até o fim, somos canal de Deus para limpeza e restauração de vidas.
Não é possível existir cristianismo sem cruz. Se não conhecemos a cruz, não conhecemos o eixo do cristianismo. Não é a nossa vontade, mas o propósito de Deus que deve prevalecer.

Segundo momento:   Gólgota
 Gólgota é o nome grego do lugar da crucificação de Cristo. Em aramaico é”gulgalta”, em hebraico, “gulgoleth”, e quer dizer caveira. Não queremos nada com o Getsêmani nem com o Gólgota, mas queremos Pentecostes (milagres).
Mas, é perdendo que ganhamos. Quanto mais alto o caminho ministerial, mais puro será o azeite retirado por Jesus. Desejamos o fruto, mas não queremos ouvir falar de morte; queremos um cristianismo que não mexa com nosso ego, e isso não existe de verdade.
Nossa sociedade não aceita a mensagem da cruz.
Mas, sempre que sentirmos insatisafação e pedirmos mais de Deus, Ele nos mostrará a cruz (o centro do universo).
Quando Jesus foi levantado no madeiro, manifestou-se aos homens.

Há 3 maneiras de irmos para a cruz (Mt 27:30): como Jesus, como o ladrão ou como Simão, o cireneu, murmurando e achando que o problema era do outro. O único modo de mudar é chegar diante de Deus com nossas questões e pedir: Senhor, eu quero crescer! Que Deus nos mostre onde é preciso morrer!

Terceiro momento:   Pentecostes

Também conhecida como Festa das Primícias, na Festa de Pentecostes toda a colheita era dedicada a Deus. Também marca a descida do Espírito Santo (Atos 2). Já dissemos que sem Getsêmani e Gólgota não há Pentecostes.
Isto tem a ver com obediência, disposição de permanecer ATÉ O FIM.
Devemos morrer para nós mesmos, o que não significa perder a individualidade, mas abraçar a unidade.
Precisamos permanecer até que, libertos do pecado, andemos naturalmente em unidade. Jesus nos amou quando ainda éramos pecadores, sem pedir nada em troca. Esse é o nosso modelo.
A salvação é pela graça. Representa que Jesus nos ressuscitou juntamente com Ele, e nos fez assentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus (Ef 2.6).
Assim, tanto no Getsêmani como no Gólgota ou em Pentecostes, nEle fomos estabelecidos para governar.

Quantos querem viver esses 3 marcos e reinar com Cristo?