14 de abr. de 2011

Seis Cosmovisões




       As cosmovisões são importantes.

 Clarificá-las não é um exercício acadêmico, uma teoria intelectual ou um conceito filosófico.
 As cosmovisões são parte integral das vidas daqueles a quem minstramos toda semana. Elas determinam relacionamentos, sucessos e fracassos, bem como objetivos e motivações. Se queremos ver alguma coisa mudar, precisamos primeiro mudar o modo como vêem o mundo. A cada semana você se apresenta diante do povo para compartilhar a Palavra de Deus, mas eles trazem diferentes cosmovisões para o templo. Quais são elas?

1. Vence quem tem mais coisas. 

Esta é a cosmovisão do materialismo e pode ser resumido numa só palavra: mais. O materialismo diz que o que importa na vida é comprar coisas. Quem assina embaixo desta cosmovisão vive geralmente para colecionar coisas. Resposta da Bíblia: Jesus disse em Lucas 12: “A vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens”. Ele pede que não nos avaliemos pelo tanto que temos. 

2. Preciso pensar em mim primeiro. 

Vivemos num mundo do “primeiro eu”. Os anúncios comerciais reforçam esse ponto de vista com slogans do tipo: “Escolha seu próprio caminho”, “Nós fazemos isso para você, “Você precisa pensar no que é melhor para você” e “Você merece”. 
A idéia do “primeiro eu” tem infectado as comunidades, afetado os casamentos, destruído mercados de trabalho e até arruinado igrejas. Jesus diz: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16.25). Jesus afirma que o sentido da vida não vem de nos servirmos a nós mesmos, mas de servirmos a Deus e ao próximo. 

3. Faça o que lhe faz bem. 

O nome disso é hedonismo – a crença de que a coisa mais importante na vida é o que sentimos. O objetivo número 1 do hedonista é sentir-se bem e divertir-se. Resposta da Bíblia: “Quem se entrega aos prazeres passará necessidade” (Pv 21.17). A busca do prazer nunca é satisfeita.
 
     4. Faça o que funciona para você. 

Esta cosmovisão não se refere ao certo e ao errado. Pouco importa se algo vai ferir o outro ou não. Se funciona, ótimo. Num mundo multicultural e pluralista, essa é uma cosmovisão muito popular. Ninguém quer ouvir que está fazendo algo errado. De fato, a única coisa errada neste mundo é alguém dizer que tem alguma coisa errada. Resposta da Bíblia: “Há caminho que parece certo ao homem, mas no final conduz à morte” (Pv 14.12). Nossas idéias parecem certas, mas o fim é a morte. Você não quebra as leis de Deus; elas quebram você.
 
    5. Deus não existe. 

Esta é a cosmovisão do naturalismo ou ateísmo. Os naturalistas crêem que tudo na vida é resultado do acaso. Somos todos acidentes da natureza. Não há nenhum grande criador ou grande projeto. Deus não existe ou não importa. 
Se Deus não existe, não há plano ou propósito para a vida. Se não há propósito, a vida não importa. Nosso único valor advém do fato de que Deus nos ama, criou-nos e nos desenvolveu. Para o naturalista, a vida não tem valor, significado ou propósito. 
Paulo diz em Romanos 1.20: “Desde a criação do mundo, os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis”. Em outras palavras, podemos ver a natureza e ver um pouco de Deus. Sabemos que Deus é criativo, poderoso, organizado e diversificado. Há uma porção de coisas que sabemos sobre Deus olhando a natureza. 

6. Você é o seu próprio Deus. 

Esta cosmovisão, também conhecida como humanismo, é muito popular no mundo ocidental. Segundo ela, somos senhores de nosso próprio destino. Isso aparece no movimento da nova era: “Você é divino; você é Deus”. Que ironia. Deus nos formou para cultuar. Se não cultuamos a Deus, cultuamos a nós mesmos. 

Paulo diz em Romanos 1.25: “Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador”. 

Todas essas cosmovisões têm conseqüências. A cada dia somos afetados e influenciados por elas. 
Essas cosmovisões afetam a felicidade e o sucesso das pessoas a quem ministramos. 
A cosmovisão bíblica diz que Deus nos fez para seus propósitos e que nós existimos para o seu prazer. Esta visão é radicalmente diferente dessas que vimos. 
Você quer mudar os corações dos seus ouvintes a cada semana? Mude suas cosmovisões primeiro. 

3 de abr. de 2011

Deus quer ter mais filhos



Quando amamos alguém, fazemos tudo por descobrir o que lhe vai no coração, e então não medimos esforços para realizar seus desejos, não? Com Deus não é diferente. Muitos estão querendo agradá-lo, com a maior ânsia e alegria, visto que o amam.
Mas como fazê-lo?
O que agrada a Deus, de fato?
Será apenas a posição de alguém de viver vida santa, à espera da morte, para ser feliz no Céu?
Ou será simplesmente passar o tempo “adorando” a Deus?
 Ou até mesmo “fazer a Obra” – visitar, aconselhar, trabalhar na igreja?
Ora, tudo isso é legítimo, mas o que agrada a Deus realmente é ter filhos. Portanto, o que Ele quer é que geremos filhos para Ele.
O projeto de Deus é tornar você um cristão com foco, que sabe onde e como investir. Fique atento!
A Palavra de Deus tem foco. Jesus não apresentou-Se a Deus sozinho, mas também aos filhos que Ele lhE deu (Hb 2:13). Como você pretende se apresentar a Deus naquele Dia? “- Senhor, eis-me aqui! E...??”
Deus quer ter filhos com os quais Ele compartilha a Sua glória e presença. Ele quer que cheguemos ao ponto de conhecê-lO e de ter com Ele tanta intimidade, que concluamos que essa glória não pode ser só nossa – e daí vamos compartilhá-la, gerando irmãos espirituais pra nós e filhos pra Ele.
Deus quer levantar uma descendência.
Gênesis é o princípio de tudo, e fala da bênção do Senhor para sermos fecundos (Gn 1:28).
No princípio, Deus estava completo (Jo 1:1), mas por amor decidiu compartilhar Sua grandeza – e esta é a Sua razão para ter mais filhos. Abraão nos fala sobre a importância de gerarmos filhos segundo o Propósito. Ele é nosso pai, o nosso modelo; estamos na mesma aliança.
Jesus resumiu para nós a mensagem da importância de gerarmos filhos espirituais (Mt 28:19).
Tudo na Palavra é importante, mas gerar filhos pra Deus é fundamental. No livro de Apocalipse, vemos os filhos de Deus se apresentando a Ele com seus próprios filhos espirituais (Ap 21:1-4).
Eu lhe pergunto: Quem é que você pretende apresentar a Deus?
Onde estão os seus filhos espirituais?

Todo casal que fica muito tempo sem ter filhos torna-se problemático - busca satisfação em coleções, viagens ou animais de estimação; uma compensação pela falta de filhos. Quem mantém o foco no lugar errado acaba por se voltar para si mesmo e sentir, afinal, que falta-lhe razão para viver.
O que produz razão e vigor para a nossa vida são nossos filhos.

• Há pelo menos quatro motivos para a esterilidade espiritual:

1. Falta de conhecimento da pessoa de Jesus. É impossível gerarmos filhos seguindo a Jesus só de longe. Sem conhecê-lO e sem ter com Ele intimidade, não poderemos conceber jamais!

2. Falta de intimidade com Jesus. É impossível gerarmos filhos, se Jesus é o amor dos outros e não o nosso (dos pastores, dos líderes, dos familiares, etc). Se estamos tão ocupados com a nossa vida secular, que só encontramos tempo para a Bíblia no culto de domingo e para a oração na célula, não poderemos gerar!

3. Intimidade egoísta com Deus. Se quero Jesus só para mim e não quero dividi-lo com ninguém, esse relacionamento não vai funcionar por muito tempo. Chega um ponto quando a intimidade saudável do casal vai pedir resultados - filhos.
Abrão gerou com 100 anos de idade. Raquel amava Jacó, mas clamou por filhos.

4-O egoísmo (a auto-preservação) impede que eu enxergue as necessidades do outro. A canseira da vida secular é companheira do egoísmo. Você pode optar por viver para si ou para marcar vidas.
O que você quer?

Há muitos na igreja que não suportam crianças. Novos convertidos são um verdadeiro estresse para estes. Até geram filhos, mas depois de um tempo, os abandonam. Os europeus estão preferindo cuidar de animais de estimação a ter filhos.
Eu lhe pergunto: Você está como eles, ou tem se preparado para o ônus – o trabalho pesado - de gerar filhos para Deus?
Outros ocupam seu “útero” com coisas que não são filhos – e isso os está impedindo de gerar. Por exemplo: o interminável estudar, o excessivo cuidado com as coisas desta vida, planos mirabolantes, etc.
Você é um destes? Cuidado!
Você pode estar completamente fora do propósito de Deus! Onde estão seus filhos?
Durante o processo pelo qual Deus trabalha para gerar filhos, eu lhe digo que Ele vai transformar a sua vida, meu irmão!
A sua realidade de vida, o seu caráter, a sua santidade. E isso não é só para você ser melhorado; é para o propósito; é para você gerar.
Quando nos convertemos, Deus nos põe no “pré-natal”, para trabalhar a nossa esterilidade. Ele nos cura, restaura, abençoa, nos dá vitaminas e nos fortalece, para que sejamos pessoas inteiras, sim, mas principalmente para que possamos ser 100% saudáveis e geremos filhos pra Ele.
A Grande Comissão nada mais é do que gerar, cuidar e ensinar novos convertidos (filhos) até que cheguem à maturidade.
Há um preço a ser pago pelas vidas – e ele é muito alto!

A oração do momento deve ser esta: “-

Senhor, se o que agrada ao teu coração é me ver gerando filhos pra ti, então me ajuda a vencer as barreiras que ainda existem em mim, me dá um útero saudável, enche-me de unção, cria circunstâncias, me mostra as vidas, faze-me frutífero!”
Quantos de nós podem dizer que estão dispostos a ir até o final do processo de Deus?

Eu já dei a minha resposta. E quanto a você?