2 de nov. de 2011

Os três marcos na vida do crente



Indo ao getsemani passando por transformação


Temos visto que Deus age através de um evento, que é algo marcante, mas também vimos que isso não é suficiente. O processo em nossa vida tem que ser estabelecido no sobrenatural e requer decisão e continuidade. Quem não persevera não cresce espiritualmente, não deixa de ser carnal, não fica livre do pecado.
Devemos entender que ninguém consegue tudo: ou teremos santidade ou as “delícias” do mundo, ou a preguiça ou o sucesso. Sejamos simples, mas astutos!

Vejamos 3 momentos-chave na vida de Jesus (Mt 26, a partir do verso 36) pelos quais Deus também quer nos levar:

Primeiro momento:  Getsêmani

Getsêmani é um jardim cheio de videiras e oliveiras, situado a leste de Jerusalém, no sopé do monte das Oliveiras. O lugar para onde Jesus tinha o costume de se retirar. O jardim onde ocorreu a cena de sua agonia. Representa o lugar da decisão. Lá você se tornará maduro, seguro, paciente, descomplicado. Mas, muitos se refreiam e não se entregam totalmente.
Estar no Getsêmani é dar as costas para o passado, perdoar, crescer, avançar e lutar contra o que nos oprime. Mas quem se guarda, preservando o coração, não avançará. Temos que nos entregar por inteiro. É impossível ter nosso caráter transformado, nossa vida resolvida, em qualquer área, sem estarmos por inteiro no Getsêmani.

Mas o que é Getsêmani?
 É o lagar onde as azeitonas eram prensadas (esmagadas) para a extração do azeite, óleo extremamente importante para o povo de Israel.
Devemos aprender a nos relacionar com as pessoas, reconhecendo que elas podem ser uma grande alegria ou um grande desgaste.
Devemos escolher amar incondicionalmente, como Jesus, que amou Judas mesmo sabendo que seria traído por ele. Deus trabalha com a intenção de nos fazer colunas em Sua casa, e estabelecerá esse marco quando formos menos exigentes e aceitarmos que alguns sejam tolos, outros carnais, explosivos, teimosos, procrastinadores, lenientes, etc…
Getsêmani é o lugar da virada em sua vida, marco de conquista da vitória do amor incondicional. Jesus foi ali para orar e orou até alta madrugada. Esse princípio diz que precisamos sair do “curto-circuito” correndo para Deus, aprendendo a canalizar para Ele, através da oração, toda a nossa frustração, ansiedade e necessidades.
Se o Evangelho no qual cremos não nos conduz à paz, a um sono tranqüilo, provavelmente não aprendemos a descansar e entregar tudo ao Senhor.
 Orar é entregar tudo a Ele.
Há coisas que são insolúveis e é injusto viver frustrado por coisas que dependem de outros. Precisamos aprender a lidar com as pessoas. Jesus sabia que ia morrer.
Nós, no Getsêmani, estamos na fila da morte.
A principal crise de Jesus não foi a cruz, mas a agonia do Getsêmani, que O fez transpirar sangue. Nós chegamos até o drama, mas não entregamos tudo; perdoamos, mas retornamos à mesma questão quando irritados, ou explodimos sem razão porque acumulamos insatisfações. Até vamos para a cruz, mas como o porco, gritando, não como Jesus, que como ovelha muda, foi ao matadouro.
Em nossa luta contra o pecado, não temos coragem de ir até o sangue (Hb 12.4)
.
O Getsêmani é um lugar de prensar azeitonas, das quais se extrai 5 tipos de azeite (óleo), de acordo com a pressão exercida sobre elas:

O primeiro óleo a ser extraído é o que serve de alimento para as pessoas. Somos algo tragável e de bom propósito para os outros;
O segundo, para iluminação, usado em lamparinas. A luz representa revelação. É Deus nos usando para aconselhamento, com percepções que estão ocultas para outros;

O terceiro destinava-se ao preparo de ungüento, que alivia e impede a proliferação de bactérias nas feridas. O azeite deve ser puro senão não cura
.
Depois, o óleo da unção, que quebra o jugo e traz capacitação de Deus;

Por fim, da borra restante fazia-se um tipo de sabão.

Até o fim, somos canal de Deus para limpeza e restauração de vidas.
Não é possível existir cristianismo sem cruz. Se não conhecemos a cruz, não conhecemos o eixo do cristianismo. Não é a nossa vontade, mas o propósito de Deus que deve prevalecer.

Segundo momento:   Gólgota
 Gólgota é o nome grego do lugar da crucificação de Cristo. Em aramaico é”gulgalta”, em hebraico, “gulgoleth”, e quer dizer caveira. Não queremos nada com o Getsêmani nem com o Gólgota, mas queremos Pentecostes (milagres).
Mas, é perdendo que ganhamos. Quanto mais alto o caminho ministerial, mais puro será o azeite retirado por Jesus. Desejamos o fruto, mas não queremos ouvir falar de morte; queremos um cristianismo que não mexa com nosso ego, e isso não existe de verdade.
Nossa sociedade não aceita a mensagem da cruz.
Mas, sempre que sentirmos insatisafação e pedirmos mais de Deus, Ele nos mostrará a cruz (o centro do universo).
Quando Jesus foi levantado no madeiro, manifestou-se aos homens.

Há 3 maneiras de irmos para a cruz (Mt 27:30): como Jesus, como o ladrão ou como Simão, o cireneu, murmurando e achando que o problema era do outro. O único modo de mudar é chegar diante de Deus com nossas questões e pedir: Senhor, eu quero crescer! Que Deus nos mostre onde é preciso morrer!

Terceiro momento:   Pentecostes

Também conhecida como Festa das Primícias, na Festa de Pentecostes toda a colheita era dedicada a Deus. Também marca a descida do Espírito Santo (Atos 2). Já dissemos que sem Getsêmani e Gólgota não há Pentecostes.
Isto tem a ver com obediência, disposição de permanecer ATÉ O FIM.
Devemos morrer para nós mesmos, o que não significa perder a individualidade, mas abraçar a unidade.
Precisamos permanecer até que, libertos do pecado, andemos naturalmente em unidade. Jesus nos amou quando ainda éramos pecadores, sem pedir nada em troca. Esse é o nosso modelo.
A salvação é pela graça. Representa que Jesus nos ressuscitou juntamente com Ele, e nos fez assentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus (Ef 2.6).
Assim, tanto no Getsêmani como no Gólgota ou em Pentecostes, nEle fomos estabelecidos para governar.

Quantos querem viver esses 3 marcos e reinar com Cristo?